Brasil está comprometido com estabilidade econômica e monetária, diz Rabello de Castro

25/11/2008 - 18h47

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A estabilidade econômica é uma conquista definitiva da sociedade  brasileira. Para o economista  Paulo Rabello de Castro,  chefe do Conselho de Planejamento Estratégico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), "O Brasil se casou com a estabilidade, gostou dela e agora não a deixaescapar de jeito nenhum". urante o Seminário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de Economia, em São Paulo. Paulo Ravello de Castro fez  projeções para a economia em 2009 ao falar em um  seminário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban)."O  país está de parabéns "porque não temos pressão inflacionário e já ingressamos na era da estabilidade monetária, fiscal, política e social", disse. Castro, porém, não demonstrou tanto entusiasmo com o futuro.  "Este ano jogamos contra um time fraco. Em 2009 os ventos mudam, teremos que correr mais, nos esforçarmos mais", disse. Em sua opinião, o importante é aumentar a produtividade e criar novas práticas organizacionais. "Mas temos tudo para sairmos vencedores desta crise", falou. Crescimento e CréditoPara o economista, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá até 2% no ano que vem e será um feito extraordinário. "É para tirar fotos, porque dificilmente isso vai se repetir", afirmou. Segundo ele, os outros países não crescerão: "Pequim, por exemplo, já está em crise". As estimativas da  Febraban para  2009 é de um  crescimento de cerca de 3% do PIB. O crédito tende a crescer mais, em torno de 15%  a 20 %, de acordo com as previsões da Febraban. "Os países emergentes crescerão menos, enquanto os demais terão uma recessão", disse  Rubens Sardenberg, economista-chefe da instituição. "O dinamismo na economia será menor porque a massa salarial está decrescendo", completou. Já o economista-chefe do Banco do Brasil, Uílson Melo Araújo, prevê uma desaceleração para o crédito em 2009 se comparado com os anos anteriores. "O primeiro trimestre tende a ser ruim, mas devemos nos recuperar a partir do segundo trimestre de 2009", explicou.