Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), MaurícioTolmasquim, não acredita que a crise financeira internacional venha a afetar omercado brasileiro de etanol e tampouco comprometer o seu desenvolvimento.Ao participar hoje (18) do 12º Congresso Brasileiro de Energia, Tolmasquim disse que o etanol brasileiro deveráse manter competitivo mesmo com a queda contínua do preço do barril do petróleono mercado externo. Segundo ele, o quadro será o mesmo ainda que esta queda leve o barril a custar cerca de US$ 40."A longo prazo, o etanolbrasileiro está garantido até porque os países desenvolvidos tendem a fixarmetas para aumentar o percentual dos biocombustíveis em suas matrizes energéticas,em função das questões envolvendo o clima e o aumento do efeito estufa”,avaliou.Tolmasquim disse que as perspectivas de exploração de petróleo na camada do pré-salsão boas e que isso poderá se transformar em um importante instrumento para minimizar os efeitos dacrise financeira internacional sobre a indústria nacional.“Haverá investimentos enormes nosetor industrial brasileiro e o pré-sal mudará a situação geopolítica brasileirano setor petrolífero. O país se transformará em um importante exportador tantode petróleo quanto de derivados”, previu.No entendimento do presidente daEPE, não há preocupação imediata com o preço atual do barril do petróleo “umavez que o petróleo do pré-sal é uma realidade para os próximos 50 anos, períodosuficiente para que o preço do petróleo possa viabilizar a atividade exploratória”.