Especialistas concluem em seminário que Brasil será mais competitivo se investir em educação

18/11/2008 - 17h14

Da Agência Brasil

Brasília - O investimento em educação é fundamental para que o Brasil se torne mais competitivo. Essa é a conclusão a que chegaram os participantes da 5ª edição do Seminário Nacional de Educação Brasil Competitivo, realizado hoje (18) em Brasília. O seminário faz parte da Semana Global do Empreendedorismo, promovida pelo Movimento Brasil Competitivo(MBC). O diretor-presidente do MBC, Cláudio Gastal, destacou a importância da educação para dar mais competitividade ao país. “Nós não vemos, hoje, a competitividade do país sem pensar um tema fundamental como a educação. Por mais que você trabalhe com a questão da competitividade das empresas e as melhorias do setor público, existe essa condição primeira que o Brasil precisa resolver”. Segundo ele, os países que mais se desenvolveram mostram que a condição necessária para se tornar parte desse grupo é investir maciçamente em educação.Gastal afirma, ainda, que, nos últimos 15 anos, o país avançou bastante, mas a velocidade das transformações é um fator que dificulta a efetivação das melhorias. “Todo processo de definir as políticas e transformá-las em ação é uma carência no Brasil. A velocidade com que acontece [a execução de políticas da área] dá a impressão a sociedade de que a educação não é prioridade”.A vice-presidente da Fundação Victor Civita , Cláudia Costin, disse que os principais problemas que enfrenta a educação no país são a universalização tardia do ensino fundamental, o recente investimento público de acordo com o Produto Interno Bruto e a falta de consciência da sociedade de que a educação é prioridade. Para ela, a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a definição do piso salarial dos professores e o aumento do período correspondente ao ensino fundamental foram avanços significativos, mas ainda há o que melhorar. “Estamos na direção certa, mas precisamos de mais velocidade. Temos que intensificar a capacitação dos professores e descobrir uma fórmula para envolver os pais na educação.” Como exemplo, Cláudia cita a Finlândia. “O diferencial deles é que os melhores alunos se tornam professores, os professores recém-formados passam por uma residência pedagógica, onde um profissional experiente supervisiona o trabalho desenvolvido pelos novatos e a sociedade é consciente de que a educação é prioridade.”