Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Asobras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) noMorro Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, Zona Sul do Rio,continuarão normalmente amanhã (13), segundo o gerenteda obra, Rodrigo Ventura, da construtora OAS. Hoje(12) as obras foram interrompidas por uma ação Polícia Civil realizada paracumprir 13 mandados de prisão. Ao todo, quatro pessoas forammortas, quatro foram feridas e seis foram detidas duranteoperação deflagrada para prender suspeitos deenvolvimento em assaltos a turistas e investigar denúncias dedesvio de materiais das obras do PAC. Três das vítimasforam mortas dentro do escritório da construtora.Aproximadamente20 funcionários ficaram presos no terceiro andar do prédiopor 20 minutos. Josinaldo Cunha Queiroz, que trabalhava na obra éacusado de fornecer material de construção para ostraficantes e está foragido.RodrigoVentura não quis falar sobre a operaçãopolicial, mas disse que as obras na comunidade não costumamsofrer com o tráfico na região. "Nãotemos dificuldades para realizar as obras por causa do tráfico.A gente infelizmente sabe que ele existe, mas tem trabalhado semproblema nenhum. Nós temos hoje cerca de 80% dosfuncionários moradores da própria comunidade.Infelizmente acontecem operações, como ocorre nacidade toda, e nós temos que conviver com isso", afirmouo gerente. Deacordo com Ventura, uma das maiores dificuldades para a realizaçãoda obra é a falta de acessos dentro da favela e que a maior parte do material de construção utilizado foi carregado manualmente.As obras no Morro Pavão-Pavãozinho-Cantagalo já foram interrompidas pelo menos duas vezes esse ano, uma em abril, outra em agosto, por operações policiais em busca de traficantes.