Parcerias com ONG podem facilitar promoção dos direitos humanos, mostra estudo

12/11/2008 - 10h20

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Parceriascom organizações não-governamentais podemcriar estratégias eficazes na promoção dosdireitos humanos, principalmente no combate a práticas culturais que prejudicam determinados grupos, como a mutilação genital feminina. É o que sugere o Relatóriosobre a Situação da População Mundial2008, divulgado na íntegra hoje (12) pelo Fundo dePopulação das Nações Unidas (Unfpa).

Orelatório lembra que a construção cultural influencia a maneira comoas pessoas vivem e, portanto, afeta o modo de agir e depensar da sociedade, mas não faz com que todos ajam da mesma forma. A entidade classifica como “arriscado” o ato de fazer especulaçõessobre as culturas e como “particularmente perigoso” julgar umacultura pelas normas e valores de outra.

Apublicação destaca que o desenvolvimento cultural deveser um direito assim como o desenvolvimento econômico e odesenvolvimento social, e que uma abordagem sensível àsdiferenças culturais é considerada “essencial”.

O texto adverte, entretanto, que a sensibilidade cultural e o engajamento nãosignificam aceitação de práticas tradicionais que afrontam osdireitos humanos.

“Asabordagens sensíveis às diferenças culturaisdevem alcançar todas as comunidades, incluindo os gruposmarginalizados dentro dessas comunidades. Não é umprocesso imediato ou previsível. O desenvolvimento humano coma plena realização dos direitos humanos depende de umengajamento sério e respeitoso com as culturas.”