Lula defenderá na reunião do G20 novas bases para regular atividade financeira

12/11/2008 - 12h58

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva vai defender, no próximo sábado(15), na reunião do G20, o lançamento de bases para aregulação da atividade financeira mundial, posiçãoque tem manifestado regularmente desde o início da crise. Areunião dos 20 países em desenvolvimento será emWashington, capital norte-americana, e terá como tema a criseinternacional e suas conseqüências.“É preciso que a reunião deWashington lance as bases para a construção dearcabouço eficaz e abrangente de regulação esupervisão da atividade financeira, seja com a revisãodo papel dos organismos existentes, seja com a criaçãode novos mecanismos”, afirmou o porta-voz da Presidência daRepública, Marcelo Baumbach. Ontem (11), durante visita à Itália,Lula disse que não se pode esperar muito do encontro, que seráapenas o primeiro passo para reforma das instituições.Baumbach reforçou que, embora não se esperem soluçõesdefinitivas, será a oportunidade para iniciar o debate e aconstrução de consensos em torno de princípios aserem adotados para enfrentar a crise financeira.Segundo o porta-voz, Lula vai se posicionar nosentido de que seja reconhecida a “necessidade de aumentar aparticipação dos países em desenvolvimento nosmecanismos decisórios da economia mundial”. A Rodada Doha será tema de almoçooferecido pelo presidente dos Estados Unidos, George Bush, aosparticipantes do encontro. Para o presidente brasileiro, taliniciativa é uma oportunidade de novo impulso para asnegociações da Rodada.“O presidente considera que a maior abertura docomércio mundial é uma das melhores medidasanticíclicas que poderemos tomar. E pode ser ferramentapoderosa no combate à crise”, concluiu Baumbach.Lula chegará a Washington sexta-feira (14).Durante o dia, terá encontros com o primeiro-ministro daAustrália, Kevin Rudd, e com a presidente da Argentina,Cristina Kirchner. Estão previstas também audiênciascom líderes sindicais e aguardam confirmaçãoencontros com os primeiros-ministros do Japão e do ReinoUnido. Ainda na sexta-feira poderá ocorrer umareunião de cúpula do Brics, grupo formado por Brasil,Rússia, Índia e China.