Liberação do Fundo Amazônia será condicionada à redução do desmatamento, diz Minc

12/11/2008 - 17h53

Leandro Martins
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (12) durante audiência pública na Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados que o Fundo Amazônia demorou para sair do papel porque alguns setores dogoverno temiam que a doação de dinheiro estrangeiro causasse interferência internacional na região.Segundo Minc, o impasse foi resolvido pois os países que aplicarem recursos em projetos sustentáveis na Anazônia não terão o poder de definir de que forma serão aplicados. Ficará a cargo deles, no entanto, a liberação do dinheiro, que só irá ocorrer mediante resultados positivos do Brasil em relação à preservação da floresta."Nós só poderemos sacar recursos do FundoAmazônia, se no ano anterior o desmatamento tiver sido menor do que amédia dos dez anos anteriores, ou seja nós temos que fazer o dever decasa previamente. Você só saca o recurso se fizer o dever de casa antes", explicou o ministro.Minc também falou aos deputados sobre a iniciativa do governo federal de estabelecer o preço mínimo para produtos doextrativismo. De acordo com ele, a medida deve resultar embenefício à população da região amazônica."Nunca houve preço mínimo para seringa,castanha, babaçú, pequí, piaçava, etc, preço mínimo para dez produtos,o que vai possibilitar ao povo do extrativismo, aos trabalhadores dareservas, que consigam preços mais compatíveis e dignos", argumentou.O ministro acrescentou que o setor agro-extrativistana Amazônia também será beneficiado com crédito de 4% de juros ao ano e doze anos de carência para começar apagar.Minc anunciou ainda que tiveraminício hoje os estudos para a criação de quarenta novos planos de manejo naAmazônia. Segundo o ministro, a novidade é que os projetos serãorealizados não só pelo Ministério do Meio Ambiente como por outrasinstituições, como por exemplo, universidades.