Sebrae aconselha pequenos empresários a reforçarem a gestão financeira

27/10/2008 - 18h21

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para enfrentar operíodo de crise financeira sem sentir maiores turbulências,os pequenos empresários brasileiros devem apostar na gestãofinanceira. O conselho é do diretor-administrativo-financeirodo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (Sebrae), Carlos Alberto Santos. “Em qualquersituação, a gestão das empresas tem que sermuito firme, profissionalizada e voltada para um controle estrito defluxo caixa, de redução de custos e de aumento dacompetitividade dos pequenos negócios. Sem isso, o pequenonegócio não sobrevive mesmo se não tivéssemosessas preocupações no horizonte”, afirma. Ele diz que os pequenosempresários já sentem os efeitos das restriçõesde crédito, mas isso não está causando maioresproblemas para as empresas. “Nada tão dramático queleve a uma falta de linhas de crédito ou de capital de giro”,afirma. Segundo o diretor, os empréstimos com recursos doFundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não foram afetados. Para Santos, o momentonão é de pessimismo. Ele acredita que a economia dopaís já sofreu impactos maiores com crises de menoresproporções. “Hoje temos uma crise no centro dosistema e as repercussões no Brasil não têm sidotão graves como foram com crises muito menores, como a daÁsia, por exemplo. Isso me dá motivos para serotimista”. O diretor considera que o momento de crise pode ser uma boaoportunidade para setores que estavam sob forte concorrênciados produtos importados ou que diminuíram as exportaçõespor causa da taxa de câmbio desfavorável.O diretor do Sebraeaprova as ações do governo federal para minimizar osefeitos da crise, tanto a injeção de recursos nosistema financeiro como a continuidade das políticas deinvestimento, em especial das obras do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC). “Essas ações fazem com que oquadro se estabilize e as pequenas empresas são favorecidascom isso”, disse. As micro e pequenasempresas empregam 60% da população economicamente ativa e são responsáveis por 20% do ProdutoInterno Bruto (PIB). De acordo com o Sebrae, 98% das empresasregistradas são consideradas micro e pequenasempresas, por terem faturamento bruto anual de até R$ 2,4milhões.