Eduardo Paes vence segundo turno em uma das eleições mais disputadas da história do Rio

26/10/2008 - 19h59

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O candidato da coligação PMDB, Eduardo Paes, venceu a disputa para a prefeitura do município do Rio de Janeiro em uma das eleições mais concorridas da história do estado. O nome de Paes como vencedor do pleito só foi definido com a totalização de 99,2% dos mais de 4,5 milhões de votos para o Executivo da capital fluminense. O peemedebista venceu Fernando Gabeira (PV).Na mais rápida apuração já ocorrida no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), às 19h10 de hoje (26) - quase 1h antes da previsão inicial - o nome do prefeito da capital já era conhecido. Com 100% dos votos apurados, Eduardo Paes sacramentou a vitória com 1 milhão 696 mil e 195 votos (o equivalente a 50,83% dos votos válidos), enquanto Gabeira contabilizava 1 milhão, 640 mil 940 votos (49,17% dos votos válidos) - uma diferença de pouco mais de 50 mil votos faltando a apuração de apenas cinco urnas.A abstenção neste segundo turno ficou em 920 mil e 250 (20,25% do total de eleitores), a maior dos últimos tempos no estado, superior inclusive à de 2000, que havia sido de 18,65%. No primeiro turno a abstenção foi de 17,91%. Os votos brancos totalizaram 92.154 (2,52%), e os votos nulos 222.796 (6,10%). Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador Alberto Motta Morais, o grande vencedor do pleito foi o eleitor carioca. "Foi um resultado sensacional em que só teve um vencedor: o eleitor. O estado do Rio obtendo às 19h10 a definição da eleição na capital foi uma coisa inédita. O Tribunal está muito satisfeito, principalmente com o comportamento da população e dos candidatos. Historicamente, não temos parâmetros para dizer o quão boa foi esssa eleição. É um resultado inédito para o Rio".O desembargador também destacou a disputa acirrada entre os dois candidatos como fator de inéditismo: "Eu não me lembro de uma disputa tão acirrada aqui no estado do Rio de Janeiro, onde a definição só se deu nas últimas urnas. Somente com 99,2% da apuração você chegou ao vencedor, o que é inédito para o estado."Pelo lado negativo, o desembargador destacou o alto índice de abstenções no estado: 20,35% - um dos maiores do país. "Numa cidade como o Rio, que ainda é uma caixa de ressonância para o país, preocupa ter de 4,6 milhões de eleitores 920 mil que não comparecem no segundo turno. Mas isoladamente não serve para análise, vamos ter que verificar aonde estas abstençõee ocorreram". Foi um dos maiores índices de abstenção da história do Rio de Janeiro e um das maiores do país. Em 2000, o número de abstenções foi de 18,65%, número que caiu para 15,88% em 2004, quando Cesar Maia foi reeleito prefeito da capital ainda no primeiro turno.O município de Petrópolis, na região Serrana do estado, foi o primeiros dos três do estado onde houve segundo turno a conhecer o seu prefeito. Paulo Mustrangi (PT) veneceu Ronaldo Medeiros (PSB). O petista obteve 65,10% dos votos válidos (110.154), contra os 34,90% do pesdebista (59.065).