Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Antes que se conheça o resultado das urnas, o tom de acirramento observadoentre o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o ministro da IntegraçãoNacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), já deu lugar a uma conduta mais moderada pelas duas partes. Hoje (26) pela manhã, Geddel, que havia cogitado servir de “ponte”,entre Antônio Carlos Magalhães Neto e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,disse que a parceria entre o PMDB e o DEM se deu apenas no contexto da campanhaestadual.A atitude de Geddel, na opinião do cientista político Paulo Fábio DantasNeto, tinha clara intenção de isolar o PT estadual e o próprio governadorJaques Wagner, da articulação com a política nacional.Em Salvador, Geddel apóia a candidatura de João Henrique (PMDB), e Wagner, a deWalter Pinheiro (PT). Ao votar, hoje, pela manhã, o governador, que chegou a serchamado de lerdo pela campanha de João Henrique, e respondeu acusando o prefeitode ser mentiroso, disse que é necessário manter a maturidade. “O PMDB e PT marcharam juntos em várias cidades, mas,estranhamente, o PMDB, que comanda a campanha de João Henrique, e o próprioprefeito, entraram em um processo de agressão. Tive que responder, pois, afinal de contas, sou governador e tenho quedeixar bem claro que gosto de respeitar, mas é preciso que as pessoas tambémrespeitem as alianças em eleição municipal”, disse. “Evidente, que a tensão dacampanha subiu e a gente volta a conversar depois”, completou o governador,referindo ao embate com Geddel.