Candidata do PT em Porto Alegre questiona novamente Fogaça na Justiça Eleitoral

26/10/2008 - 14h46

Mylena Fiori
Enviada especial
Porto Alegre - Acandidata do PT à prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário,ingressou hoje (26) com mais uma representação contra o adversárioJosé Fogaça, candidato à reeleição pelo PMDB. Ela pede investigaçãosobre uso da máquina pública e abuso do poder político.  Aação partiu de denúncias publicadas pelo Jornal Folha de São Paulo deontem (25), de que a prefeitura teria distribuído bônus para compra demoradia popular a menos de 48 horas das eleições de segundo turno. Obônus teria sido distribuído, inclusive, para compra de 12 casas comproblemas burocráticos. Segundo o jornal, uma troca de emails entreintegrantes do governo municipal falava que a suspensão dasindenizações seria desastrosa para a campanha. Ochamado Bônus-Moradia é um programa iniciado em setembro deste ano,voltado para o reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco. Noúltimo debate entre Fogaça e Maria do Rosário, o candidato do PMDBchegou a perguntar se a adversária manteria o programa caso fosseeleita.“Oprefeito propagandeou o programa sabendo de irregularidades. Se isso seconfirmar, a pena é de cassação”, diz o coordenador jurídico da FrentePopular (coligação de Rosário), Ramais de Castro Silveira. “Caso seconfirmem as denúncias, será uma mácula no processo eleitoral de PortoAlegre”, afirma.Silveirafrisa que se trata apenas de um pedido de investigação. Caso sejaconfirmado, a Justiça Eleitoral aplicará a penalidade de cassaçãoautomaticamente. De acordo com o advogado,  aFrente Popular também pretende entrar com outra representação pordistribuição de folhetos de José Fogaça pela cidade, o quecaracterizaria crime eleitoral. As provas ainda estão sendo recolhidase a ação deve ser ingressada entre hoje e amanhã no plantão da JustiçaEleitoral.Desdea ultima sexta-feira, o site da prefeitura de Porto Alegre está fora doar por conta de liminar concedida em outra ação da Frente Popular. Acoligação pede a cassação da candidatura de Fogaça e aplicação de multapela publicação, no portal da  prefeitura, de notícias da atual administração consideradas publicidade institucional.