Candidatos trocam acusações de corrupção em Florianópolis

23/10/2008 - 21h19

Jorge Wamburg
Enviado Especial
Florianópolis - Os candidatos à Prefeitura de Florianópolis foram às ruas hoje (23) e voltam amanhã (24), na tentativa de conquistar os votos dos eleitores no corpo-a-corpo durante o dia, com caminhadas, bandeiraços e visitas a pontos de concentração popular, como o mercado público municipal. À noite, será a vez do grande momento de final da campanha, o último debate na televisão, às 22 horas.Neste segundo turno, a campanha se desenvolve num clima de troca de acusações de corrupção entre os dois candidatos, que entram a toda hora no horário eleitoral gratuito, gerando direitos de resposta sobre o que cada um disse do outro. O candidato Esperidião Amin (PP), por exemplo, acusa o candidato à reeleição Dário Berger (PMDB) de se aproveitar do dinheiro público por meio de uma empresa de segurança da família, a Caswig. A empresa manteria, segundo Amin, contrato de R$ 120 milhões com o governo do estado, que tem à frente o também peemedebista Luiz Henrique da Silveira.Dário Berger, por sua vez, diz que não é ele quem mistura negócios com política e sim Amin e sua mulher, Ângela, ex-prefeita de Florianópolis duas vezes. Berger disse, em entrevista a uma emissora de rádio local, que Ângela e o marido tiveram os bens indisponíveis pela Justiça, para garantir o pagamento de R$ 4,1 milhões por causa de “uma negociata que ele fez com um laboratório e com a SC Genéricos”.O clima de acusações recíprocas poderá se repetir no debate que será transmitido pela rede de tevê RBS e nos últimos programas de propaganda eleitoral, que foram gravados hoje à tarde pelos dois candidatos. Amin, inclusive, vai ao lançamento de um livro amanhã, às 18h, com denúncias sobre relações ilícitas dos meios de comunicação com o governo estdadual. De acordo com sua assessoria, o livro foi escrito por um empresário que rompeu com o esquema. O título do livro é Descentralização no Banco dos Réus.