Luana Lourenço
Enviada Especial
Cuiabá - O ministro das Cidades, Marcio Fortes, afirmou que as obras do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) ligadas ao saneamento ambiental e habitação não serãoafetadas por possíveis reflexos da crise financeira internacional na economiabrasileira.
Segundo Fortes, não haverá restrição de recursos para o chamado PAC do Saneamentoporque, a verba utilizada nessas obras não depende de empréstimos ouinvestimentos internacionais.
"A minha área de financiamento passa toda por recursos do Fundo deGarantia [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]. Então, não tem nada a ver comrecursos internacionais. Nessa área não vai ter nenhum problema. O própriopresidente tem dito que obra do PAC não vai sofrer restrição", afirmou oministro, ontem (23), em entrevista antes de participar de ato de campanha docandidato à prefeitura de Cuiabá, Mauro Mendes (PR).
Questionado sobre o uso eleitoreiro das obras do PAC por prefeitos que buscam areeleição e por candidatos que pleiteiam as prefeituras, Fortes defendeu avinculação direta do PAC com o governo federal e não como as gestões estaduaisou municipais.
"As obras têm que existir, porque o objetivo é trazer o benefício para todos.Agora, se alguém vai usar ou não o PAC para esse fim [eleitoreiro], cada um háde fazer o que bem achar. Só é preciso explicar o seguinte: o PAC tem a marcado presidente Lula, tem o selo do coração do presidente", comentou.
De acordo com o ministro, o acompanhamento das obras minimiza o uso do programacomo propaganda. "O PAC não é só anúncio, a obra tem que ser acompanhada",apontou. Fortes anunciou para o próximo dia 30 o quarto balanço nacional doandamento do programa, conduzido pela ministra-chefe da Casa Civil, DilmaRousseff.
"Era para ter sido feito no fim de setembro, mastendo em vista o processo eleitoral, a ministra Dilma tomou a decisão de fazerno próximo dia 30. Teremos um levantamento nacional da situação das obras. Possodizer que os cronogramas estão bons", adiantou.