Da Agência Brasil
Brasília - Opresidente do Equador, Rafael Correa, afirmou hoje (18), em seuprograma semanal de rádio e televisão, que a Petrobrasaceitou as exigências do seu governo em relaçãoàs novas regras de exploração petrolífera. De acordo com informações da BBC Brasil,pelas novas regras, o Estado arrecadará todo o lucroobtido com a extração do produto.Segundo acordo firmado, asempresas estrangeiras vão receber apenas os custos de produçãoe uma pequena parcela do lucro. Antes, o governo equatoriano ficava com18% do lucro. "Com a Petrobras, a boa notícia éque ontem já assinamos o acordo, já estátudo acertado, ou seja, aceitaram as condições dopaís", afirmou Correa. Segundoele, será feito um contrato de transição, deaproximadamente um ano, seguido de um contrato de prestaçãode serviços. A Petrobras produz, atualmente, 32 mil barris depetróleo por dia no Bloco 18, localizado na regiãoamazônica equatoriana. O Equador produz diariamente cerca de 500 mil barris. “Isto émuito bom para o país: passamos destes nefastos contratos departicipação para [contratos] de prestaçãode serviços", com os quais "o petróleo énosso e o que fazemos é contratar uma empresa para aextraí-lo", disse o presidente. O impasse envolvendo o governo do Equador e aPetrobras teve início há duas semanas, quando Correaameaçou expulsar empresas petrolíferas do país,entre elas a brasileira, caso não assinassem outro contratorapidamente. Atualmente, com a queda dos preços do barril depetróleo, devido à crise financeira mundial, o setortem apresentado baixa produtividade no país. Em relação à suspensão de contratos da construtora Odebrecht, Correa afirmou nao ser um conflito entre os governos do Brasil e do Equador, mas um assuntoentre o Estado e uma empresa privada “que descumpriu seu contrato”.