Kelly Oliveira e Stênio Ribeiro
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O Banco Centralanunciou hoje (13) outras medidas para flexibilizaçãodos depósitos compulsórios, recursos que asinstituições financeiras são obrigadas arecolher à autoridade monetária. Essas medidas sãoresultado da decisão, também anunciada hoje pelo BC, deimplementação de um programa de liberaçãointegral de depósitos compulsórios. Segundo o BancoCentral, as liberações serão efetuadas de acordocom as necessidades de recursos (liquidez) dos mercados e podemchegar a até R$ 100 bilhões. Hoje (13), foi anunciada a liberação de até R$ 27,1 bilhões. Com a liberação dos compulsórios, sobram mais recursos para as instituições financeiras cobrirem suas despesas e emprestarem dinheiro. As medidas do BC são em resposta à crise financeira internacional que tem reduzido os recursos disponíveis para empréstimos entre bancos e para o setor produtivo. Uma das medidas foi oaumento da dedução do compulsório adicionalsobre depósito à vista, a prazo e poupança, quepassou de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão. O impactodessa medida é de cerca de R$ 8 bilhões. A regra vale apartir de hoje. Também foialterada a dedução do compulsório sobredepósitos a prazo de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões,o que deve causar impacto de mais R$ 13,1 bilhões pelas contasdo BC. Essa medida vale a partir de sexta-feira (17). A autoridade monetária tambémmudou as regras para a compra de carteiras de crédito.Anteriormente, o valor de patrimônio dos bancos vendedores dascarteiras tinha que ser de no máximo R$ 2,5 bilhões.Agora passou para R$ 7 bilhões. O Banco Central játinha autorizado as instituições financeiras a deduzirdo compulsório sobre os depósitos a prazo das carteirasde crédito adquiridas de outras instituições. Opercentual do abatimento subiu de 40% para 70%. O impacto dessa medida é de até R$ 6 bilhões, com validade a partir desexta-feira (17). O Banco Centralinformou que além das carteiras de crédito, os bancostambém poderão comprar direitos creditórios.