Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da AssembléiaLegislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ouviu hoje (30) depoimentos de três suspeitos de envolvimento com esses gruposilegais. Algumas informações foram importantes parareforçar as denúncias de domínio de milicianos em Jacarépaguá,de acordo com o presidente da CPI, Marcelo Freixo (P-SOL).Marco Aurélio França, conhecido como Marcão, da comunidade Novo Rio, éum dos investigados pela Secretaria de Segurança. Marco Aurélio negoua existência de milícias em sua comunidade, mas deu indícios daexistência do grupo em Gardênia Azul, nas proximidades de Novo Rio. Deacordo com o deputado Marcelo Freixo o depoimento foi muito importantepara as investigações."Ele relatou a presença de gatonet, de controle de gás, de controledas através das chamadas taxas de segurança, de transportealternativo. Deu informações preciosas sobre o funcionamento dasmilícias em Jacarepaguá, uma área já investigada não só pelaCPI, mas também Polícia Civil", disse o deputado Freixo.Além de Marco Aurélio, a CPI também ouviiu Getúlio Gama, presidente dacooperativa de vans de Rio das Pedras. Segundo Freixo, Getúlio participa do grupo que ajudou a eleger o vereadorNadinho em 2004, igualmente investigado pela CPI, e teria feito campanha para o ex-secretário de Segurança do Rio e deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB).De acordo com a asessoria da Alerj, Itagiba já foi convidado a depor. Ainda segundo a Alerj, Getúlio negou a ligação com grupos milicianos e alegou ter sido eleito presidente da cooperativa de vans pelos próprioscooperados.O outro suspeito que depôs foi Geiso Turques (PSC), vereador em SãoGonçalo e promotor de festas do Castelo das Pedras, em Rio das Pedras, Jacarepaguá. Segundo a assessoria da Alerj, Geiso tambémdeclarou não ter envolvimento com milícias.Na próxima semana, a CPI espera ouvir os depoimentos do deputado Jorge Babu, acusado de envolvimento com milícias da zona oeste, e de autoridadesgovernamentais.