Flávia Vilela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgadohoje (19) sugere que os avanços na redução da pobreza no ano de 2007não estão na quantidade, mas sim na qualidade, seja de renda, detrabalho e de educação. Os dados mostram que o a desigualdade de rendadomiciliar per capita medida pelo Gini - índice que mede o grau de distribuição de renda (ou, em alguns caso, os gastos com consumo) - cai em 2007 cerca de 0,0074pontos, o equivalente a 10% superior ao ritmo de queda assumido de 2001a 2006 (0,0067). A maior redução de desigualdade desde 2001.O aumento de empregos com carteira e a redução deempregos sem carteira, em larga escala, são alguns dos sinais dessamelhora qualitativa, segundo o economista da FGV André Neri. “Não houveexpansão de programas sociais, que costumam ser voltados para aos maispobres ou aumento do salário mínimo. Ou seja, estamos vendo aemergência de valores importantes da classe média”. Além disso, segundo o economista, 2007 éaparentemente um ano mais comedido em termos de crescimento, o nível deredução da miséria nesse ano está mais de duas vezes mais rápida que orequerido para atender as metas do milênio da ONU de redução da pobrezaextrema (2,73% ao ano).