Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro do MeioAmbiente, Carlos Minc, denunciou nesta sexta-feira (19) que osgovernadores e prefeitos da região Amazônica estãonegligenciando a fiscalização contra as queimadas, emrazão da proximidade das eleições.“Toda semana eu tenhoestado na Amazônia e tenho visto muitas queimadas. Na vésperadas eleições muitos governadores e prefeitos afrouxamcompletamente a fiscalização. Ninguém quermultar, interditar ninguém na véspera das eleiçõese, portanto, está recrudescendo as queimadas na região”.Minc informou que oMinistério do Meio Ambiente tomará uma série demedidas para conter as queimadas, inclusive divulgando os nomes dosgovernadores e prefeitos que “não estão colaborandocom a fiscalização federal e afrouxando completamente afiscalização na véspera das eleições”.O ministro denunciou aregião de caatinga está sendo transformada em carvão.“Agora dia 25, em Goiás, nós vamos lançar oZoneamento Econômico-Ecológico do estado e o Plano deDefesa do Cerrado, outro bioma muito ameaçado. As pessoasfalam da Amazônia, mas o cerrado está muito maisameaçado. A caatinga está muito ameaçada, aliásela está sendo destruída em um ritmo mais agressivoainda do que a Amazônia”. O ministro lembrou queem agosto , no sertão de Pernambuco, ele chefiou a destruiçãode 800 fornos ilegais de carvão, que estavam transformando acaatinga em um grande carvoeiro.Minc reafirmou que um dosprincipais desafios de seu ministério é coibir o crimeambiental, ajuizar ações de crime ambiental, levar oscriminosos ambientais para a prisão e, de preferência,que o infrator fique metade do tempo que deveria cumprir pena nospresídios plantando árvore, “ao invés de tirarférias forçadas às nossas custas”.