Plano para evitar desbastecimento de gás prevê parada de usinas térmicas

10/09/2008 - 21h16

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou hoje (10) o risco de desabastecimento de gás em função do atentado a um gasoduto na Bolívia que culminou no corte de 10% no fornecimento de gás natural para o Brasil.De acordo com o ministro, o governo tem um plano de contingência e está tomando as medidas necessárias para evitar uma possível falta de gás.Edison Lobão disse que o plano, que será colocado em prática em seu tempo, consiste na suspensão do funcionamento das térmicas operadas pela Petrobras; no aproveitamento do gás das térmicas da Eletrobrás e de outras empresas privadas, que paulatinamente poderão funcionar a diesel; e em última hipótese aproveitar o gás que a Petrobras usa para injetar nos poços para produção de petróleo.As medidas, segundo Lobão, visam a garantir o volume diário de cerca de 31,74 milhões de metros cúbicos de gás boliviano.O ministro de Minas e Energia disse que está em contato permanente com o governo boliviano e não quis se manifestar sobre a crise política no país vizinho. Segundo Lobão, "o fato é que haverá grande prejuízo para a Bolívia e obviamente alguma dificuldade para o Brasil".