Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Polícia Civil de São Paulo encerrou hoje (10) o inquérito policial contra uma quadrilha que ajuizava ações na Justiça obrigando o estado a comprar medicamentos para psoriase, alavancando assim as vendas dos laboratórios. Além das nove pessoas presas no início de setembro, o Ministério Público Estadual também indiciará outras três. "O promotor ofereceu denúncia contra os envolvidos", afirma o delegado Alexandre Zakir. A quadrilha, composta por representantes comerciais dos laboratórios Wyeth, Mantecorp e Serono, funcionários de uma ONG, um médico e dois advogados, agia no interior do estado, propondo ações em nome de pessoas que, muitas vezes, nem doenças tinham. A Justiça obrigava o estado a comprar os remédios (em torno de R$ 5 mil por mês por paciente). Os envolvidos lucravam com o dinheiro dos medicamentos vendidos, já que os laboratórios repassavam os lucros. "A polícia entendeu que ficou mesmo provada a existência de uma organização criminosa que praticava fraudes contra o estado", diz Zakir. O delegado afirma ainda que as Secretarias de Saúde e de Segurança Pública continuarão a trabalhar em conjunto. "Vamos manter o trabalho de investigação desta e de outros tipos de fraudes", completa.