Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A 5ª Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, lançada hoje (10) no Rio de Janeiro, pretende mostrar ariqueza e a diversidade produtiva da agricultura familiar e dos assentamentos dareforma agrária, segundo oministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. O evento está programado para acontecer entre os dias26 a 30 de novembro, na Marina da Glória.Em entrevista à Agência Brasil, Cassel frisou que tanto a agricultura familiar quanto os assentamentos foram vistos, tradicionalmente, como espaços de conflito e de violência. “Isso não é verdade. A agricultura familiar e os assentados da reforma agrária respondem hoje por 10% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Eles produzem 70% de todos os alimentos que a gente consome no dia-a-dia. E têm uma riqueza e uma diversidade produtiva muito grandes. É isso que a gente quer mostrar para o Brasil”, reforçou o ministro. O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país.Guilherme Cassel disse que a expectativa é que a 5ª Feira Nacional da Agricultura Familiar totalize negócios de, no mínimo, R$ 40 milhões, soma obtida em todas as quatro edições anteriores, realizadas em Brasília. “Isso só em venda direta dos produtores, mais as rodadas de negócios”, afirmou.A escolha do Rio de Janeiro para sediar a 5ª edição do evento, segundo o ministro, foi feita a partir da importância do mercado fluminense. “O Rio de Janeiro é uma das principais cidades do país. É um lugar formador de opinião e que tem um mercado muito poderoso.” O ministro destacou que, além disso, o Rio de Janeiro possui um agricultura familiar forte, representada por 12 mil famílias. “É uma oportunidade de aproximar o rural do urbano”, garantiu.Os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a safra 2008/2009, iniciada em julho passado, alcançam R$ 13 bilhões. A expectativa é realizar dois milhões de contratos. Guilherme Cassel disse que, para a próxima safra (2009/2010), a expectativa é elevar os recursos do Pronaf entre 10% a 15% ao ano. “Possivelmente, a gente pode chegar a R$ 15 bilhões.”