Custo da cesta de compras no Rio recua após quatro semanas em alta

10/09/2008 - 0h04

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O preço da cesta de compras da cidade do Rio de Janeiro (consumo médio de todas as famílias residentes no município) registrou recuo de 0,47% na primeira semana de setembro, depois de uma seqüência de quatro semanas em alta. Com essa redução, o custo total passou de R$ 389,41, na última semana de agosto, para R$ 387,59.O levantamento foi divulgado hoje (10) pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). O estudo também registra que, na última semana de agosto, a cesta de compras havia ficado 0,14% mais cara.O recuo na primeira semana de setembro ocorreu principalmente devido à queda nos preços do tomate (-16,82%), da batata (-4,45%), da cebola (-2,44%) e da farinha de trigo (-2,42%).O economista da Fecomércio Gabriel Santini explicou que o preço do tomate deve continuar a cair. “O tomate vinha de uma seqüência de altas, ocasionadas principalmente por problemas de safras, e começou cair depois que a produção se normalizou.”Dos produtos que apresentaram alta, merecem destaque a lingüiça, que ficou 3,02% mais cara, o sabonete, com 2,06% de aumento, e a cenoura, que apresentou incremento de 1,89%  no preço.Santini esclareceu que o aumento do preço da lingüiça é resultado da maior demanda pela carne, que não foi acompanhada da ampliação da oferta do produto. Já o sabonete, segundo o economista, aumenta neste período, pois não acompanhou a alta dos outros itens anteriormente. Além disso, houve aumento da demanda pelo produto.Apesar da queda semanal, no acumulado do mês (período compreendido entre 08 de agosto e 05 de setembro), a cesta de compras apresenta alta de 0,31%, na comparação entre os meses. No acumulado do ano, o indicador subiu 16,14% e nos últimos 12 meses, 20,98%.Gabriel Santini explicou que a tendência é a de que os preços se estabilizem, pois a produção como um todo deve se normalizar. “Imagina-se que os ajustes da oferta farão com que os preços não avancem tanto quanto estavam avançando nas semanas passadas.”O estudo analisou 6.440 preços de 200 locais, referentes a 39 itens (32 de alimentação, quatro de higiene e três de limpeza) de maior peso no orçamento de famílias de dez diferentes faixas de renda.