Grito dos Excluídos reivindica comida, moradoria e emprego em São Paulo

07/09/2008 - 18h30

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma agitação alegre e colorida para reivindicar o fim  de problemas que atingem milhares de brasileiros no dia-a-dia, como a falta de comida, de moradia e de trabalho, além de outras mazelas sociais. Assim foi a 14ª edição do Grito dos Excluídos, realizada hoje (7) em São Paulo.Na capital paulista, o evento reuniu lideranças de movimentos sociais , artistas e ativistas políticos. Eles defendem os direitos dos moradores de rua, portadores dedeficiência, negros, índios, entre outros segmentos sociais.O ato foi antecedido por uma missa na Catedral da Sé. Por volta das 9h, sob o som de um trio elétrico e com bandeiras e cartazes, os manifestantes começaram  o ato em frente à catedral. Depois de alguns pronunciamentos, o grupo saiu em passeata rumo ao Monumento da Independência, no bairro do Ipiranga.“Nosso lema é a vida em primeiro lugar”, disse Paulo Sérgio Negrine, da Pastoral Operária. Ele apontou que os avanços sociais têm sido realizados sob a opressão. “Os movimentos, muitas vezes, têm sido reprimidos, como é o caso dos [Trabalhadores Rurais] Sem Terra”, disse, referindo-se ao MST. Também incluiu nessa condição os moradores de rua. “Os movimentos estão sendo criminalizados ou discriminados”, queixou-se.O catador de material reciclável Anderson Lopes Miranda falou em nome dos moradores de rua. Segundo ele, o país já tem mais de cem mil pessoas morando na rua. "Queremos gritar contra a exclusão”, disse.Ações contra a violência e melhores condições de atendimento para quem vive nas ruas deveriam ser medidas essenciais nas políticas públicas, disse Miranda. “Faltam banheiros públicos e somos, frequentemente, agredidos”, reclamou, lembrando o massacre ocorrido, em 2004, na região central de São Paulo, em 2004, quando sete pessoas foram assassinadas.