Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de receber o pré-projeto de reforma política do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje (27) aos ministros dasRelações Institucionais, José Múcio, e daJustiça, Tarso Genro, que "todas as propostas são bemvindas". Segundo ele, o papel principal da iniciativado governo é unir a própria base em torno de algumaproposta. "Se o governo se empenhar para que sua basetenha posição sobre cada proposta ajuda a avançar o processo", afirmou. Segundo ele, se o governonão conseguir aglutinar a base em torno da matéria"continuaremos tendo as dificuldades de sempre já que hádivergências de todos os lados" na questão dareforma política. Em relação à propostade criação de uma comissão mista formada pordeputados e senadores para discutir a reforma política,Chinaglia disse que, se for para discutir o assunto politicamente, nãohá problema, mas lembrou que, primeiro, os assuntostêm que ser votados pela Câmara. "Acho que a Câmara e o Senado discutirem matérias desse tipo em conjunto é politicamente bom", classificou Chinaglia.O presidente da Câmara lembrou que matérias importantes da reformapolítica já foram votadas pela Câmara, ainda em 2007. "Matérias relevantes foram votadas, mas não aprovadas, foram o financiamento público e a lista pré-fixada,dentre outras", citou. "Nãoforam aprovadas naquele momento e, agora, acho difícil uma mudançade posição de alguns partidos, ou de qualquer partido. É por isso que temos que veroutras matérias como cláusula de barreira , fim dascoligações proporcionais. Há coisas importantespara serem feitas." De acordo com Chinaglia, a votaçãoda reforma política continua sendo relevante, mas háoutros temas que precisam ser votados antes, tais como o Fundo Soberano,o rito de tramitação das medidas provisórias ea reforma tributária.