Escola de Brasília promove um dia da natureza entre alunos e comunidade

16/08/2008 - 0h19

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um dia inteiro dedicado à natureza. Foi assim que umaescola modelo de Brasília reuniu alunos, professores e pais hoje (16), logo pela manhã. Ibama, polícia florestal, produtoresorgânicos e outros parceiros estiveram presentes no evento. Entre eles,a própria comunidade, da quadra 305 sul, no Plano Piloto, que já fazum projeto sustentável, que inclui coleta seletiva e uso de aduboorgânico nos jardins.“A sustentabilidade já faz parte do nossoconteúdo pedagógico. Mas o projeto começou quando um morador e aprefeitura da quadra nos procuraram e começaram a oferecer palestraspara os alunos. Daí por diante outras pessoas se juntaram e envolveutoda a comunidade escolar”, explicou a diretora da Escola Classe 305Sul, Aldenora Nunes. Segundo ela, as crianças – estudantes de 1ª a 5ªsérie do ensino fundamental – fazem pequenos trabalhos, como utilizar ochorume (líquido que resulta do lixo orgânico) para adubar plantas nasproximidades da quadra e confeccionam sacolinhas para que os paiscoloquem o lixo dentro dos carros. “Nós percebemos que a comunidade queestá distante da escola, formada por alunos que moram nas cidadessatélites ou do entorno do Distrito Federal, também veio. Isso querdizer que as crianças levaram o conteúdo para lá”, completou a diretora.O aluno da 3ª série, Henrique Resck Grecov, de 9anos, confirma o envolvimento das crianças com o tema. “Eu acho que odia da natureza foi muito importante porque nos dá idéias como anecessidade de reciclar”, afirmou Henrique, que ganhou o prêmio demelhor desenho sobre conscientização ambiental. Para explicar melhor aos alunos sobre temaspreocupantes como tráfico de animais silvestres e queimadas nesta épocado ano, quando a umidade do ar baixa a 15% em Brasília, técnicos doIbama levaram animais empalhados, peles apreendidas e muitos panfletosdidáticos. De acordo com Maurício Gaudino, do Núcleo de ConscientizaçãoAmbiental do instituto, as crianças são os melhores multiplicadoresdessas informações. “Nós sempre fazemos campanhas em escolas, igrejas ecentros comunitários. E percebemos que os adultos ouvem e ficamacanhados de reproduzir. Já as crianças repetem, levam para os amigosda rua, para a família”, explica. O secretário de educação do Governo do DistritoFederal, José Valente, garantiu que iniciativas como essa sãoincentivadas em outras escolas. “Nós não reproduzimos para não haveruma padronização, que não seria saudável. Mas outras escolas têm seuspróprios projetos”, explica.