Tarso Genro acha normal críticas de militares à sugestão de punir acusados de tortura

07/08/2008 - 19h42

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Ao comentar as críticasdos militares que se reuniram hoje (7) no Clube Militar (RJ), àsugestão de punição dos acusados de tortura eoutros crimes contra presos políticos, cometidos por membrosdas Forças Armadas nos anos 70 e 80, o ministro da Justiça,Tarso Genro, disse que o país vive um estado democráticode direito e “nada impede que eles façam suas críticas”.As críticasforam feitas em carta divulgada após a reunião, da qualparticiparam militares da ativa e da reserva. Tarso Genro,entretanto, reafirmou sua posição: “Não queroa revisão da lei [de Anistia]. O que discutimos éque os tratados internacionais não consideram a tortura comocrime político”.O ministro fez asdeclarações em entrevista coletiva, apósparticipar da apresentação do tema da Campanha daFraternidade 2009 – Fraternidade e Segurança Pública-, no Expo Center Norte, região norte da capital paulista.“Toda questãode punição ou não-punição éda Justiça. Não cabe ao Ministério da Justiçaa discussão da punibilidade. Quem está fazendo isso éo Ministério Público”, enfatizou Tarso Genro.