Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Estudantesuniversitários e representantes do Grupo Tortura Nunca Maisfazem um protesto no Centro do Rio pedindo a puniçãoaos crimes ocorridos durante a ditadura militar. Carregando faixascom dizeres como “Ditadura militar sequestrou, torturou e matou.Sociedade exige punição”, eles fecharam parte daAvenida Rio Branco em frente ao prédio do Clube Militar. No local está sendo realizada uma reunião - com a presença de 700 militares, a maioria da reserva, e do general Luiz Cesário da Silveira Filho, responsável pelo Comando Militar do Leste - que debate uma possível proposta derevisão da Lei de Anistia e de puniçãoa militares envolvidos em atos que feriram os direitos humanos.Para o vice-presidenteda União Nacional dos Estudantes (UNE), Tales de Castro, opaís precisa conhecer melhor sua história. “Nósachamos legítima a audiência públicaque o Ministério da Justiça fez e a proposta de poder considerar ostorturadores e assassinos de estudantes na época da ditaduranão como crime político, mas sim como crime contra ahumanidade”.“O Brasil vive umacultura de impunidade há muito tempo. Várias pessoasque assassinaram, torturaram, fizeram crimes contra a dignidadehumana estão soltas ocupando cargos públicosimportantes. Eles devem ser punidos, pois tortura é crimecontra a humanidade”, defendeu o estudante.