Inflação para baixa renda tende a cair neste mês, diz economista da FGV

07/08/2008 - 15h51

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Puxada por um recuono preço dos alimentos, a inflação de julho parafamílias de baixa renda, que registrou a segunda menor alta doano, pode desacelerar ainda mais em agosto. A avaliaçãoé do economista André Braz, da FundaçãoGetulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (7) Índice de Preçosao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1).A pesquisa da FGV abrangeu famílias dequatro capitais, com renda entre R$ 415 e R$ 1.037. O resultadomostra que, para tais famílias, a inflação emjulho ficou em 0,61%, ante 1,29%, em junho. No acumulado em 12 meses,(agosto de 2007 a julho de 2008), o índice ficou em 9,46%, o maior desde o início da série histórica, emdezembro de 2004.“No primeiro semestre, houve uma pressãogeneralizada de alimentos importantes, sobretudo, arroz, feijão,carne e derivados de trigo. Neste segundo semestre, esses produtosapresentaram recuo em suas taxas e ensaiam uma possível quedaem agosto, como é caso do arroz e do feijão”, disseBraz.Nos mês de julho, os alimentos foramresponsáveis por cerca de 90% do IPC-C1e registraram inflaçãode 0,98% na comparação com o mês anterior (2,5%).A maior parte dos produtos pesquisados apresentou desaceleraçãode preços, com destaque para o arroz e o feijão.O arroz registrou inflação de 14,37%em junho contra 0,72% medida em julho. O feijão, por sua vez,saiu de 15,57% em junho para 6,01%. No acumulado dos últimos12 meses, a inflação do arroz chega a 38% e a dofeijão, a 15%.Ainda de acordo com a pesquisa da FGV, noacumulado dos últimos 12 meses, a maior inflaçãopara baixa renda entre as capitais pesquisadas foi registrada emRecife (12,09%), seguida por Salvador (9.93%), Rio de Janeiro (9,56)e São Paulo (7,56).