Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daPrevidência, José Pimentel, espera ainda neste anoreajustar os salários de 39 mil servidores da SeguridadeSocial. A proposta de reajuste, de acordo com o ministro, estásendo preparada pelo Ministério do Planejamento dentro de umconjunto de recomposições salariais que deverão atingir cerca de 56categorias.“A categoria doSeguro Social tem 70 mil servidores, entre ativos, aposentados epensionistas. Desses 39 mil, estão em atividade. Essa medidaainda vai para o Congresso Nacional”, destacou o ministro.O Ministério doPlanejamento ainda não divulgou detalhes da proposta, masconfirma, por meio de sua assessoria, que a mensagem estásendo finalizada. No entanto, não há datadefinida para ser enviada à Casa Civil e ainda há a possibilidade de incorporar outras categorias, alémdas 56 já definidas.Outra medida provisóriajá editada pelo governo, mas que ainda falta ter seusdestaques votados na Câmara concedeu reajustes a váriascategorias inclusive da Previdência.“Nós estamosmultiplicando por 597% o salário de ingresso do técnicoprevidenciário, que é o trabalhador que atende nasagências. Esse reajuste é com base no que se pagava em2003. Cada servidor da Previdência iniciava recebendo R$ 702 por mês. Agora, esse salário vai para R$ 4.192 nofinal do governo Lula. O salário de aposentadoria para para otécnico previdenciário era de R 4 1.218 e no final dogoverno Lula vai para R$ 7.010, um aumento de 575,%", disse Pimentel."Já osservidores de nível superior - os engenheiros,as assistentes sociais, os atuários, os contabilistas, entreoutros -, que em 2003 ganhavam R$ 1.214, no final do governo Lula estarão recebendo R$ 6.440, umaumento de 530%. Esse servidor de nível superior e o gestordas agências se aposentavam com R$ 2.021 e está indopara R$ 10 mil”, destacou o ministro.Os reajustes previstosna medida serão concedidos parceladamente. “A primeiraparcela incidirá sobre o salário dos servidores apartir de julho de 2008. Outra parcela em 2009, outra em 2010 e aúltima em junho de 2011, quando completa o período doPlano Plurianual”, explicou Pimentel.Ele ressaltou ainda a contratação de peritos médicos que, emsua avaliação, foi fundamental para reduzir as esperaspor perícias. “Nós reativamos a carreira dos peritosmédicos, que desde a década de 80 não tinhamédicos concursados. Temos hoje 5. 200 médicos peritos.Em 2003, entre a solicitação de uma perícia e arealização dela levava-se, em média, 120 dias. Nopaís esse prazo está reduzido para cinco dias."“Para essesprofissionais nós pagávamos R$ 1.183, para iniciar. Estamos elevando para R$ 9.824, até o final do governo", destacou o ministro.