Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (28) que a decisão de convocar a Força Nacional para combater currais eleitorais no estado é da Justiça Eleitoral. "Qualquer intervenção do Executivo, neste momento, não é apropriada", disse Cabral.“Se a autoridade eleitoral [Tribunal Regional Eleitoral e Tribunal Superior Eleitoral] avaliar que há necessidade de convocar uma força tarefa, da minha parte não há nenhum problema”, afirmou à imprensa. “Tudo o que vier para somar e dar tranqüilidade é bem-vindo”.A Polícia Civil do Rio investiga ameaças de grupos paramilitares contra eleitores e candidatos. Há suspeitas de que quadrilhas estariam cerceando campanhas políticas e impondo candidatos.Para tratar do assunto, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Roberto Wider, vai se encontrar ainda hoje como deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias.A expectativa é de que Wider leve as denúncias da CPI ao Tribunal Superior Eleitoral. Na próxima quarta-feira (30), Wider deve se encontrar com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, em Brasília. O TSE também recebeu denúncias do cerceamento a campanhas em favelas cariocas.Hoje, o ministro da Justiça, Tarso Genro, também se pronunciou sobre o uso da Força Nacional no Rio. Ele esclareceu que a Justiça Eleitoral pode pedir o reforço a qualquer momento. Para ele, a violência no estado atinge a esfera político-eleitoral e requer uma atuação rápida.