Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Foiprorrogada por um mês a investigação sobre amorte da índia Jayia Xavante, de 16 anos, no dia 25 dejunho, no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Elateve os órgãos internos perfurados por um objetocortante ainda desconhecido. Inicialmente, o prazo para conclusão doinquérito estava marcado para ontem (24).
Aprorrogação foi pedida pelo delegado da 2ªDelegacia de Polícia do Distrito Federal, Antônio JoséRomeiro, responsável pelo caso. Ele alega que ainda faltamconclusões em alguns laudos técnicos, que são dadosimportantes para concluir as investigações.Amenina tinha lesão neurológica – não falava ese locomovia por meio de cadeira de rodas – e estava em Brasíliapara tratamento médico desde o dia 28 de maio. Segundo odelegado, o crime aconteceu dentro da Casa de Apoio à SaúdeIndígena (Casai) do Distrito Federal, da FundaçãoNacional de Saúde (Funasa).
A tia daadolescente, Maria Imaculada Xavante, foi apontada por uma fonteda Funasa como provável responsável pelas agressões.Em depoimento no último dia 9, a irmã de Jaiya, LigiaXavante, defendeu a tia e questionou a hipótese de perfuraçãodos órgãos sexuais, sustentada pela polícia. Elagarantiu que a adolescente não sofreu nenhuma agressãoque possa ter provocado sua morte.