Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O juiz federal deMarabá, Carlos Henrique Borlido Haddad, condenou LuísSalomé de França, Erival Carvalho Martins e RaimundoBenigno Moreira, integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra(MST), a pagarem, em conjunto, R$ 5,2 milhões à Vale,por terem liderado a manifestação que interditou aEstrada de Ferro Carajás, pertencente à mineradora, emabril deste ano. Ao despachar na açãomovida pela Vale, o magistrado também proíbe os réusde voltarem a praticar qualquer ato que ameace o livre trânsitona ferrovia, sob pena de ficarem sujeitos ao pagamento de multadiária no valor individual de R$ 3 mil.Na fase de liquidaçãode sentença, ainda serão definidos valores para opagamento das perdas e danos sofridos pela Vale, com os quais oscondenados também terão que arcar. O juiz relata “que seateou fogo nos dormentes, houve corte de cabos de fibra óticae de energia e levantamento de trilhos”. A presidente de umacooperativa de mineradores, Marilene dos Santos, também foicitada no processo, mas ofereceu defesa e foi absolvida. O juiz entendeu que, aocontrários do três condenados, Marilene nãoexerceu o papel de liderança na interdição. A direçãodo MST preferiu não se manifestar sobre a condenação,por não ter sido notificada.