Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje (24) que o Brasil precisaaproveitar o atual momento de crescimento econômico paraenfrentar alguns desafios, entre os quais a reforma tributária.“Temos uma carga tributária muito alta e injustamentedistribuída”, disse ele, ao participar do Encontro deNotáveis, promovido pela Associação dosDirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, os governosanteriores não conseguiram promover a reforma tributáriadevido à falta de crescimento da economia e ao medo que tinhamde perder receitas. Além disso, os empresários temiamque houvesse aumento ainda maior da carga de tributos.
“Hoje temos um quadro diferente. OBrasil está crescendo. A guerra fiscal chegou a um ponto quenão dá mais para manter”, destacou Paulo Bernardo.Ele afirmou que existe disposição para realizar areforma, além do entendimento de que é preciso baixar acarga tributária. “Precisamos simplificar”.
Para o ministro, o exemplo da Lei daMicro e Pequena Empresa foi bom porque levou o governo a simplificare aumentou a arrecadação. Por isso, ele acredita que épossível fazer uma reforma tributária, simplificadora,que diminua impostos. “Ainda assim, os governos federal, estaduaise municipais vão arrecadar mais ainda, por causa docrescimento econômico. Acho que esse tem que ser o objetivo aperseguir.”
De acordo com Paulo Bernardo, aproposta de reforma tributária que está no CongressoNacional tem mais apoio do que crítica. Por essa razão,esse projeto não pode ficar engavetado, disse ele. “Temosque falar, temos que pressionar, negociar. Acho que éperfeitamente possível votar na Câmara atésetembro e até o fim do ano no Senado”.
Se a reforma for aprovada até2010, representará um avanço, afirmou o ministro. “Nãoprecisa valer para 2010. Podemos fazer uma reforma agora e aprovar noano que vem para valer em 2014. Supera o medo dos políticos deperder a eleição. Joga para a frente, para 2014”. Oque não pode, ressaltou Bernardo, é “ficar esperandoa Polícia Federal fazer reforma política. Vai prendergente, vai dar todos esses escândalos. Nós temos queenfrentar isso e fazer.”