Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O pagamento da dívida externa do país, que teve quedade 1,5% em junho sobre o mês de maio, está dentro da programação feita para o semestre, no início do ano, por meio do ProgramaAnual de Financiamento (PAF), estabelecido pelo Tesouro Nacional. Atendência, ao longo do ano, é de qie a administração da dívida priorize ospapéis pré-fixados, em detrimento dos pós-fixados, fugindo davinculação à taxa anual de juros, a Selic, elevada ontem (24) de 12,25%para 13% pelo Banco Central.Ao falar sobre o assunto, o coordenador daDívida Pública Federal, Fernando Garrido, informou que até o final do ano deverá ser feito resgate líquido dadívida externa, sem precisar o percentual que vai reduzir a contaatual, apurada em junho em R$ 96,1 bilhões, equivalente a US$ 60,4bilhões. Ele ressalva que o aumento da taxa de juros anual, no entanto,eleva percentualmente a dívida pública federal, no seu total, já que aapropriação de juros é feita diariamente, mas não tem reflexo imediatono processo de administração previsto pelo PAF. Até o final do ano, segundo ele, poderão seremitidos novos títulos da dívida externa para vencimento em 10 anos e,dependendo das condições de mercado, também papéis com prazo de 30anos. Garrido acredita que a programação de resgates para o segundosemestre deverá ocorrer como previsto na programação. O percentual dataxa de juros anual, de acordo com Garrido, não deverá sersignificativo para a administração da dívida externa do país.Neste ano, segundo o coordenador, foramresgatados R$ 31 bilhões em títulos da dívida externa e emitidos R$ 24bilhões em títulos para resgate futuro. A Dívida Pública Internaaumentou em junho 0,62% em relação a maio, passando de R$ 1.239,6bilhões para R$ 1.247,3 bilhões.No mês passado, os títulos da Dívida PúblicaFederal (interna e externa) com vencimentos previsto para os próximos 12 meses caíram de 26,62% para 25,85% do montante total, em relaçãoao mês de maio. De forma isolada, a dívida interna com vencimento em 12 meses foi reduzida de 28,3% para 27,41% do total entre maio ejunho.Em relação à dívida externa, os vencimentos em 12meses representam 5,6% do estoque total, sendo os títulos subscritos emdólar responsáveis por 70,74% do montante, de acordo com númerosdivulgados hoje pelo Tesouro Nacional. Os vencimentos da dívida externado país acima de cinco anos correspondem a 66,1% do volume total, segundo orelatório mensal hoje divulgado.