Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O embate que estáse desenhando em torno da construção da Usina de Jirau,no Rio Madeira, em Rondônia, vencida pelo ConsórcioEnergia Sustentável do Brasil, “preocupa” o Ministériode Minas e Energia, mas não deverá inviabilizar aconclusão da obra no prazo previsto.O ministro Edison Lobãodisse hoje (18) que acredita numa boa solução para oproblema, surgido a partir do anúncio de que o consórciovai construir a unidade a 9 quilômetros do local constante doedital.O ConsórcioJirau Energia, formado pela Odebrecht e Furnas Centrais Elétricas,que perdeu a disputa pela construção da usina,apresentou recurso à Agência Nacional de EnergiaElétrica (Aneel) pedindo o cancelamento da habilitação concedida ao grupo vencedor. Para o ministro, noentanto, não haverá atrasos no cronograma para aconstrução das duas unidades. Lobão informou queo contrato com o consórcio vencedor será assinado antesdo prazo previsto.“Há um prazoaté dezembro para a assinatura do contrato com o consórcioque ganhou Jirau, portanto nós estamos dentro do prazo e vamosaté antecipar esta assinatura para setembro. Não haveránenhum atraso na construção de Santo Antônio etampouco de Jirau”, disse Lobão. “O recurso daOdebrecht pode até ser desconsiderado. A Aneel pode decidirsobre ele. Agora, o consórcio vencedor só poderápropor a mudança do eixo e apresentar o projeto depois deassinar o contrato. Enquanto não for assinado o contratonenhuma medida concreta será tomada nem pela Aneel e nem peloIbama”, acrescentou. Edison Lobãoadiantou que somente a partir da assinatura do contrato é quea Aneel vai se manifestar sobre o mérito das mudançasdo projeto proposto pelo consórcio vencedor.