Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Parase adequar às mudanças no perfil energético do país, principalmente àrecente descoberta de petróleo na camada pré-sal, o governo prepara um novoplano de longo prazo para o setor. A informação foi divulgada hoje (18)pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), MaurícioTolmasquim.Oúltimo Plano Nacional de Energia, publicado em 2007 pelo Ministério deMinas Energia - ao qual a EPE é vinculada, traça uma série deprojeções sobre a produção de energia de diversasfontes e da demanda até 2030, levando em conta o crescimento dapopulação e da economia, por exemplo.Tolmasquim antecipou que nonovo documento, que deve ficar pronto ao final de 2009, haverá mudanças no que tange à oferta de petróleo e seusderivados e novas projeções para a produção de etanol ede bioeletricidade, ambos derivados da cana-de-açúcar. “Aprincipal mudança está ligada ao petróleo, que é o principal fatornovo, devido ao surgimento grande desse produto e de gás natural”,disse. “Já a expansão do álcool é um fator importante, que também deveser considerado”.Tolmasquimtambém falou sobre elementos na área elétrica, que levaram amudanças. Ele lembrou os leilões das usinas hidrelétricas de Santo Antônio eJirau na Amazônia. “O fato de as usinas terem sido tão baratas, é uma informação que não tínhamos na época”.De acordo com o presidente da EPE, as atualizações no plano são normaise consideram o perfil da economia mundial. “O planejamento é umavisão de um certo momento e, de tempos em tempos, precisa ser atualizado”.