Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar do aumento doemprego formal registrado no país, ainda há um altonúmero de desempregados, o que pressiona o mercado a oferecerrendimentos mais baixos, relações de trabalho ruins ecurta duração de contratos. A avaliação foi feita pelo economista do Departamento Intersindical deEstatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), PauloJager, em entrevista à Rádio Nacional. Ontem (17), oMinistério do Trabalho informou que em junho deste ano foramcriados 309.442 postos de trabalho, número recorde nãoapenas para o período como para todos os meses desde o início da sériehistórica em 2003.“Estamos na trajetória correta. Precisamos manter esse crescimentoeconômico e do emprego por vários anos, para que tenhamos de fato uma situação boa no mercado de trabalho”,disse Jager.O economista enfatizouque, sem crescimento econômico, o investimento em qualificaçãoprofissional e melhorias nas regras do mercado de trabalho nãosão determinantes para o aumento do emprego. “Nãopodemos pisar no freio, a gente corre o risco de desfazer ocrescimento que tivemos nos últimos anos”.