Operação Sorriso do Brasil já percorreu oito estados e operou 2,6 mil pessoas

12/07/2008 - 9h33

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O estado do Rio de Janeiro éo nono a receber uma edição da OperaçãoSorriso do Brasil. A entidade já realizou 28 programas demutirões cirúrgicos para correção defissura labial e de palato no estados do Ceará, Mato Grosso,Santa Catarina, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grandedo Norte e Minas Gerais.Fundada no Brasil em 1997, a organização realizou o primeiro programa de cirurgias gratuitas em Fortaleza. Em todo o país, a Operação Sorriso do Brasil já atendeu 2,6 mil pacientes. Segundo o diretornacional de Programas da Operação Sorriso do Brasil,Clóvis de Aguiar Brito Filho, a definição dolocal onde a operação é implantada depende doenvolvimento dos profissionais. “São os profissionais quedepois dão continuidade ao tratamento”, explicou.Estados como a Bahia eo Maranhão também mostraram interesse em sediar umaedição do mutirão de cirurgias. Depois daseleção, a Operação Sorriso dá osuporte financeiro e treinamento necessários àrealização das cirurgias. A organização trabalha em parceriacom empresas que sejam socialmente responsáveis e desenvolvamprogramas ligados à saúde.No dia 12 de agosto, será realizado umcurso preparatório para o mutirão de agosto da OperaçãoSorriso do Brasil. Especialistas e voluntários queparticiparão do programa serão treinados no HospitalMunicipal Jesus. O mutirão da Operação Sorrisono estado do Rio conta com 70 voluntários, entre cirurgiõesplásticos, pediatras, anestesistas, enfermeiros,fonoaudiólogos, dentistas, psicólogos, assistentessociais e técnicos em eletrônica.Segundo Clóvis de Aguiar, as fundações que integram a Operation Smile - organização internacional que promove mutirões para cirurgia de fissura labial e de palato em todo o mundo - já efetuaram cirurgias desse tipo em 115 mil crianças.O diretor da Operação Sorriso do Brasil afirmou que, como o sistema público de saúde é "deficitário, a chega a se deparar com pacientes em idade avançada nos programas". Ele citou o exemplo de um paciente de Santarém (PA), operado no ano passado, aos 92 anos de idade."O grande problema é que as conseqüênciasfuncionais  para o adulto, principalmente aquele que tem afissura palatina, vão ser muito sérias. Porque arecuperação de uma criança, quando éatendida na idade ideal,  é muito positiva. O adulto, porquestões de vícios de fala ou de deformidades na arcadadentária, pode  ter problemas funcionais que, dificilmente,vão ser corrigidos, mesmo com anos de tratamento com ofonoaudiólogo”, explicou.