Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O MinistérioPúblico Federal (MPF) em Passos, no sudoeste de Minas Gerais,denunciou 29 pessoas ligadas à Cooperativa Agropecuáriado Sudoeste Mineiro (Casmil) por práticas criminosas nofuncionamento de uma esquema de adulteração do leite.Segundo o MPF, o grupo adicionava soro e substânciasquímicas no leite para reduzir a acidez do produto e garantiamaiores lucros na venda. Os denunciados são acusados de crimescontra a saúde pública, econtra as relaçõesde consumo, formação de quadrilha e corrupçãoativa e passiva. As penas previstas para essas condutas variam deoito a 24 anos de prisão. Para que os processos seja iniciados, tem quehaver o recebimento da denúncia pela Justiça Federal. O MPF também pede a responsabilização,além dos empregados da Casmil, do engenheiro químicoresponsável pela fórmula e de funcionários doServiço de Inspeção Federal (SIF), “que teriamse omitido na fiscalização e recebido propina paraignorar a fraude.”Conforme o MPF, a adulteração doleite ocorria há aproximadamente dois anos. O esquema foidesvendada em outubro do ano passado pela Operação OuroBranco, da Polícia Federal. A denúncia dos procuradoresde Passos encerra inquérito policial que tramitou na 1ªVara da Justiça Federal de Passos. Em maio, foi recebida pela Justiça denúnciado MPF em Uberaba (MG) contra 18 pessoas, também acusadas deadulteração de leite - naquele caso o produto eracomercializado pela Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale doRio Grande (Copervale).A Agência Brasil tentou contatar com a direção da Casmil, mas não conseguiu porque o expediente da cooperativa já havia se encerrado.