Mylena Fiori
Enviada especial
Hokkaido (Japão) - Comona cúpula do ano passado, na Alemanha, os sete paísesmais industrializados do mundo e a Rússia conseguiram empurrarpara frente compromissos efetivos com a redução deemissões de gases de efeito estufa.Asmudanças climáticas foram tema principal da cúpulade 2007, na cidade alemã de Heilligendamm. Japão,Canadá e União Européia (que, como bloco, nãointegra o G8 mas participa das reuniões como convidadoespecial) defenderam a redução das emissões em50% até 2050 e os demais países do G8 se comprometerama considerar a proposta na reunião deste ano, em Hokkaido.Aresistência, especialmente norte-americana, levou a umamanifestação morna sobre o tema. Os poderosos do G8jogaram a aprovação da meta para a ConvençãoQuadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima,que vem tentando negociar um regime de emissões pós-2012,quando vencem as metas do Protocolo de Quioto.Eles reconheceram, porém o princípio de responsabilidades comuns masdiferenciadas, assumindo que os países desenvolvidos devemliderar o processo de redução de emissões efixar metas também de médio prazo.O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim,assegura que os países emergentes estão dispostos acolaborar. O Brasil, no entanto, é contrário àfixação de metas por setores da economia, como asiderurgia – isso implicaria uma mudança profunda naeconomia das nações em desenvolvimento.“Nãoqueremos que seja uma mesma meta para um setor no mundo inteiro”,frisou o chanceler. “A prioridade do desenvolvimento dos paísespobres é muito forte”, afirmou.