Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça,Tarso Genro, disse hoje (4) não acreditar no sucesso de eventuaisrecursos da defesa do ex-banqueiro Salvatore Cacciola contra adecisão do Principado do Mônaco de extraditá-lopara o Brasil. “A decisão dopríncípe Albert II é eminentemente políticae ele é a instância definitiva de aplicaçãoda decisão tomada pela Corte [de Apelação doMônaco]. Tenho que me basear na informação doministro da Justiça de lá, que colocou ádisposição o senhor Cacciola para ser retirado. Odireito de petição existe em qualquer lugar, mas nãotem finalidade mais”, afirmou Tarso. A previsão do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior,é de que Cacciola chegue ao Brasil no prazo limite de 15 dias. O ex-banqueiro foi condenado em 2005 pelos crimes de peculato egestão fraudulenta do Banco Marka. A pena dele é de 13anos de prisão em regime fechado. Cacciola fugiu do paíspara a Itália e, por ter cidadania italiana, não pôdeser extraditado. No dia 15 de setembro de 2007, ele foi preso pela Interpol no Mônaco, oque possibilitou ao governo pedir a sua extradição.Ao retornar, Cacciolaserá entregue às autoridades judiciárias do Riode Janeiro para que decidam o local onde ele ficará detido.“A extradiçãorepresenta um conquista de toda a sociedade, pois isso funciona comoexemplo para aqueles que têm desejo de violar a lei. Trata-sede um réu condenado a 13 anos e meio que estava fora doalcance da Justiça brasileira”, ressaltou Tarso.