Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi, divulgou hoje (17) nota em repúdio à ação de oficiais do Exército que entregaram três jovens a traficantes no Rio de Janeiro. Os corpos dos três foram encontrados em um lixão na Baixada Fluminense ontem (16). Na nota, Vannuchi considera o crime “intolerável” e manifesta solidariedade às famílias dos jovens assassinados. O ministro anuncia também a criação de uma comissão especial formada, entre outros, pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Pereira de Carvalho e o próprio Vannuchi. Eles devem ir ao Rio para ouvir os familiares das vítimas e entidades comunitárias e “assegurar que o trágico episódio resultará em punições rigorosas”. A nota informa ainda que diferentes instâncias do Poder Executivo devem agir de forma conjunta, segundo orientações expressas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, Paulo Vannuchi declara “total confiança” no ministro da Defesa, Nelson Jobim, que irá coordenar as iniciativas. O ministro também afirmou que irá acelerar o diálogo com Jobim e autoridades das Forças Armadas para que todos os militares tenham acesso ao mesmo treinamento em direitos humanos recebido pelo grupo que está no Haiti e integra uma missão de paz.