Para presidente do BNDES, Brasil deve manter sistema de câmbio flutuante

17/06/2008 - 19h47

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, reconheceu hoje (17) que a desvalorização cambial não tem tido um efeito positivo para a competitividade de vários setores da economia.

Coutinho participou do seminário Financiamento de Longo Prazo e Bancos de Desenvolvimento, realizado na sede do banco, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 56 anos da instituição.

Ele disse esperar que o real não se aprecie além do nível em que está atualmente e que, em breve, o dólar possa recuperar a sua posição no sistema internacional, mudando de direção. “Quando isso vai acontecer e em que intensidade, é difícil de responder”, observou.

Para ele, o Brasil não deve mudar o sistema de flutuação cambial. “Eu acho que o regime  macroeconômico de metas com flutuação e com administração de expectativas  tem sido vitorioso e positivo até o momento. E não é recomendável mudá-lo”, apontou.

Opinião semelhante foi apresentada pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sócio da empresa Gávea Investimentos, para quem não há espaço mais no país para a volta do câmbio administrado.