Petrobras assina acordos para suprimento de gás natural

02/06/2008 - 18h32

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A primeira carga de gásnatural liquefeito (GNL) para atender as usinas termelétricasdeverá chegar até meados de julho nos terminais deimportação do produto que a Petrobras estáinstalando em Pecém, no Ceará, e na Baia de Guanabara,no Rio de Janeiro.A Petrobras e o grupoBritsh Gas (BG) assinaram hoje (2) dois acordos para o suprimento degás natural liquefeito (GNL) para atender aos dois terminaisem construção.O presidente daestatal, José Sergio Gabrielli, ressaltou que a assinatura doacordo era mais um passo importante na montagem de uma maiorflexibilidade para o mercado brasileiro de gás. “Nós saímosde uma situação onde a demanda de gás erapequena, para uma outra onde a demanda pelo produto cresceu muito, oque forçou alterações regulatóriasimportantes nas relações entre os diferentes agentes domercado de gás no país”, disse ao se referir áintrodução de diferentes tipos de contratos de gásassinados entre a empresa e as distribuidoras e que levam em conta aflexibilidade do mercado de gás do país.Segundo informaçõesda diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das GraçasFoster, a primeira carga de GNL atenderá a unidade de Pecém,em meados do próximo mês, e deverá oscilar entre75 mil e 130 mil metros cúbicos, “dependendo dasnecessidades internas para despacho às termoelétricas”.A chegada da cargamarca o início da atuação da estatal brasileiracomo agente no mercado internacional de GNL.O segundo acordo prevêa entrega de cargas de GNL com flexibilidade para que a Petrobraspossa definir, a cada carregamento, em qual terminal o produto seráentregue. A flexibilidade do acordo prevê ainda o ajuste dosuprimento de GNL à demanda pelo produto no mercado interno.A flexibilidadepermite, no entendimento de Graça Foster, a adoçãode estratégia pré-determinada pela Petrobras deestabelecer contratos de suprimento de GNL, aliando ao mesmo tempo agarantia de entrega com as necessidades da demanda interna do país.Maria das GraçasFoster adiantou que a estatal já havia fechado atéagora quatro contratos para o fornecimento do gás liquefeitodo petróleo para atendimento às usinas termelétricas.Além da BG, a Petrobras também assinou contrato com aShell e outras duas empresas, que segundo Graça Foster “porforça contratual” não pode revelar os seus nomes.A diretora da Petrobrasadiantou que a estatal estuda a construção de mais umaplanta de regaseificação no país, provavelmenteem Santa Catarina ou no Rio Grande do Sul, por questõestécnicas e econômicas. No caso do Rio Grande do Sul, alocalização se destinaria ao atendimento de vizinhos doCone Sul.“A construçãoou não dessa terceira planta dependerá do sucesso dosleilões de fornecimento de energia A-3 e A-5, a seremrealizados em meados do segundo trimestre deste ano. A planta, seconstruída, terá capacidade de processamento de 14 a 20milhões de metros cúbicos por dia. Um negóciodeste não sairá por menos de US$ 400 milhões”,previu Graça.