Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem acompanhar o voto do ministro Carlos Ayres Britto, a favor da constitucionalidade das pesquisas com células-tronco embrionárias. Britto manifestou seu posicionamento ainda em março deste ano, no início do julgamento da ação que questiona o uso de células-tronco de embriões em estudos.A opinião é do advogado Oscar Vilhena Vieira, da Conectas Direitos Humanos, uma das entidades que acompanha o julgamento, que foi retomado hoje (28) pelo Supremo.Vieira também comentou o voto do ministro Menezes Direito, que havia pedido vista do processo e hoje se manifestou parcialmente contrário à autorização das pesquisas.“Me parece que o voto foi numa direção de restringir a pesquisa com células-tronco, mas as reações do Plenário foram muito claras de que essa reação não pode afetar o conteúdo da lei, criando uma nova lei”, avaliou Vieira.O voto de Menezes Direito não foi no sentido de proibir as pesquisas, mas trouxe uma série de restrições, como a de que não seria permitido destruir os embriões congelados há mais de três anos, mas apenas retirar células.Para o advogado, o ministro Carlos Ayres Britto não deu sinais de que pretende modificar a sua posição. “Nós vamos ver se eles pendem para o lado do que o ministro Britto já antecipou há mais de dois meses, ou se eles vão se deixar influenciar pelo que o ministro Direito colocou”.