Centrais sindicais reúnem trabalhadores em Dia Nacional de Luta em todo país

28/05/2008 - 17h48

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Integrantes das centrais sindicais realizaram hoje (28) o Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho de 44 horas para 40 horas sem redução de salários. Os atos públicos, paralisações, atrasos na entrada ao trabalho e passeatas foram realizados em todo o país. Na cidade de São Paulo as manifestações aconteceram em 11 pontos, além de atos em diversas cidades do estado. A mobilização reivindica também o fim do fator previdenciário, nova tabela de imposto de renda e ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A convenção 151 trata da negociação coletiva no setor público e a 158 da demissão sem justa causa.Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, as centrais estão unidas pelo mesmo objetivo desde o final do ano passado e a principal ação no primeiro semestre foi a mobilização de todos os trabalhadores para a assinatura de um abaixo-assinado a favor da redução da jornada de trabalho sem a redução do salário. “Esse abaixo-assinado será entregue dia 3 aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, disse.As centrais pretendem colher 1 milhão de assinaturas até o dia 2, mas segundo Artur Henrique esse número deve ser maior. “A idéia não é fazer um projeto de lei de iniciativa popular mas sim usar essas assinaturas para pressionar o Congresso a colocar em votação projetos que já existem na Casa”. Ele disse ainda que o objetivo das mobilizações de hoje é chamar a atenção da sociedade para a importância das reivindicações. “Esse é um momento de luta e de ampliação da pauta dos trabalhadores”. Na avaliação de Artur Henrique há cada vez mais apoio por parte dos parlamentares que demonstram entender a necessidade de dividir os resultados da melhoria econômica. “São vários empresários de diversos setores ganhando muito dinheiro e está na hora de dividir esse ganho de produtividade com o conjunto da sociedade brasileira e a melhor forma é reduzir a jornada”, defendeu.