Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse hoje (21) que o Congresso terá que encontrar uma solução para garantir ao funcionalismo público o reajuste salarial previsto na Medida Provisória nº 430. Ontem (20), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fechou um acordo com a oposição para dar andamento à votação de 13 medidas provisórias que obstruíam a pauta da Casa.Por conta do acordo, duas medidas provisórias foram votadas e aprovadas por voto simbólico ainda na noite de ontem, com a garantia de que, na semana que vem, as demais que estão paradas no Senado também serão apreciadas.Ao mesmo tempo, o líder governista garantiu que o Palácio do Planalto retiraria a MP que abre um crédito extraordinário ao orçamento de R$ 7,5 bilhões para conceder reajuste salarial ao funcionalismo público."Teremos que ter uma solução, de qualquer maneira, sem prejudicar os funcionários públicos. É inadmissível ter uma solução prejudicial a eles", afirmou Garibaldi. Pelo acordo entre situação e oposição, o governo encaminharia ao Congresso um projeto de lei que tramitaria em regime de urgência e seria votado na Câmara e no Senado na semana que vem.Garibaldi Alves Filho ressaltou que a base do governo, que em tese tem maioria para garantir as votações na Casa, não pode ser culpada exclusivamente pela paralisação dos trabalhos, muitas vezes imposto pela obstrução do DEM e do PSDB."Não vamos fazer dos senadores da bancada governista bode expiatório de tudo que está acontecendo no Legislativo, no caso no Senado. As culpas têm que ser distribuídas. Alguns têm pecados mortais e outros têm pecados veniais e eu não sei quando eles se apresentarem para o julgamento se serão perdoados", afirmou o parlamentar, ao ser indagado sobre a ausência de senadores da base em votações de plenário.