Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os irmãos Washington Domingos Napolitano e Edson Luis Napolitano, acusados de gerenciar a casa de prostituição W.E. – que leva suas iniciais no nome – e de fazerem parte da organização criminosa que fraudava empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estão sendo interrogados neste momento pelo juiz federal substituto Márcio Ferro Catapani , na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.Os irmãos Napolitano foram presos no dia 24 de abril, depois que uma investigação da Polícia Federal constatou que a casa de prostituição, gerenciada por eles, era usada para lavar o dinheiro de empréstimos obtidos junto ao BNDES.Segundo o advogado deles, Anderson Real, seus clientes não têm nenhuma ligação com o caso de desvio no BNDES, não eram filiados a nenhum partido político nem a centrais sindicais, não conheciam o deputado Paulo Pereira da Silva e não tinham ciência do caso de tráfico de pessoas no estabelecimento, que gerenciavam, “porque eles não faziam o trabalho financeiro na empresa”.“Eles eram sócios de fato e não de direito. Tinham alguma participação em relação ao bar e restaurante, mas com relação à movimentação financeira não tinham nenhuma vinculação. Não havia participação direta deles, tanto que eles não figuram nem em contrato social”, disse o advogado.De acordo com Anderson Real, a casa noturna W.E. era um bar e restaurante e, como promotores de eventos, seus clientes eram responsáveis por fazer um “networking [rede de trabalho], captando clientes. Eles selecionavam homens e mulheres para uma confraternização dentro do restaurante e acabavam ganhando uma comissão”, disse o advogado.