Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O debate sobre biocombustíveis não ficará de forada 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) que vai discutir, de hoje(7) a sábado os impactos das mudançasclimáticas no Brasil. “Biocombustíveissão o tema do dia”, avalia o coordenador nacional da CNMA esecretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), HamiltonPereira.
“Atemática dos biocombustíveis não apareceu nas outrasconferências, mas vai aparecer de forma muito forte este ano,no sentido de termos uma posição acerca de que caminhoo Brasil deve trilhar em relação a isso”, acrescentao diretor do Departamento de Cidadania e ResponsabilidadeSocioambiental do MMA, Pedro Ivo Batista.
O governo brasileiro defende o uso debiocombustíveis como estratégia mundial de reduçãoda emissão de dióxido de carbono (gás carbônico), um dosgases de efeito estufa considerados causadores do aquecimentoglobal. No entanto, o avanço das lavouras de matérias-primasda agroenergia na Amazônia e no cerrado é um dosquestionamentos freqüentemente apontados por ambientalistas.
A conferência, segundoBatista, também discutirá outros temas polêmicos,“que sempre são trazidos para os debates”, como o projetode transposição do Rio São Francisco e aconstrução da Usina Nuclear de Angra 3, no Rio deJaneiro.
Na avaliação do coordenador nacional da CNMA, HamiltonPereira, os problemas ambientais nas grandes cidades tambémestarão entre as prioridades da plenária. “Temosque tratar do fenômeno das emissões [degases de efeito estufa]nos grandes centro urbanos, que já concentram mais de 80% dapopulação brasileira”, afirma.
Cerca de 2 mil representantes degovernos, empresários e da sociedade civil partciparãoda conferência. A reunião será abertaoficialmente hoje, às 19h, pelo presidente Luiz Inácio Lula daSilva e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.