Trabalhadores devem se fortalecer para ampliar conquistas, diz presidente da CUT

01/05/2008 - 16h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado do Rio de Janeiro, Neuza Luzia Pinto, afirmou hoje (1º) que o maior número de empregos com carteira assinada e a política de valorização do salário mínimo – que, para ela, ainda está longe do valor desejado - são avanços que justificam a comemoração pelo Dia do Trabalho.A sindicalista salientou, entretanto, a necessidade de os trabalhadores se unirem e se fortalecerem para avançar mais nessas conquistas. “Por isso é que a palavra de ordem da CUT este ano é a redução da jornada de trabalho”, ressaltou.Neuza Luzia Pinto disse que a entidade está engajada numa campanha que pretende reunir um milhão de assinaturas para entregar ao Congresso Nacional, reivindicando a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas. “E em dois anos reduzir para 36 horas. Para nós, além de garantir qualidade de vida para o trabalhador, isso também garante aumento do número de empregos”, observou.A sindicalista destacou que a entidade não aceitará nenhuma revisão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que venha a retirar direitos dos trabalhadores. “Nós já dissemos ao governo que não aceitaremos nenhuma revisão das leis trabalhistas que venha a retirar direitos. Só admitimos discutir qualquer revisão da CLT para ampliar direitos.”A campanha pela redução da jornada está inserida, segundo ela, no movimento pela garantia dos direitos trabalhistas. “Isso é mais um alerta para a classe. Na nossa avaliação, o momento é de avançarmos em termos ofensivos. Não esperar que o governo sinalize com propostas que venham a nos colocar na defensiva.”A CUT/RJ realiza esta tarde, na Lapa, no centro da cidade, um evento com a participação de músicos, lideranças sindicais e parlamentares em comemoração ao Dia do Trabalho.